5 de março de 2008

HEIN?!

Pois é... soube eu há pouco que tem um lobisomem solto lá pelas bandas de Arroio Grande. E em verdade vos digo, eu SEI que ele existe. Por quê? Por que eu vi. Isso é um "causo" muito do verdadeiro, não se riam da minha desgraça.

Tudo começou naquela noite de lua cheia (sim, tudo acontece em noites de lua cheia). Andava eu bem feliz, belo e faceiro pela rua quando uma luz veio em minha direção. Era uma luz fortíssima, ofuscante. Aliens?, pensei eu. Sim, aliens. Naquela noite, meus bons amigos, fui abduzido.

O pessoal da nave era até bem legal, mas eu estava com um pouco de medo deles, pois eram verdes e cheiravam a lixo nuclear (ou seria chá verde?). O primeiro a vir falar comigo foi o Curupinga, primo cachaceiro do Curupira, nosso querido conhecido do folclore. O coitado também estava preso por lá. Ele me contou umas coisas bem interessantes sobre a nave e os tripulantes, e (pulando demasiadas enrolações) me disse também que tinha um jeito de voltar pra casa, a custo de um bocado de esforço. As ordens foram as seguintes:

Antes de qualquer coisa, procurar o Saci. Ele que ia me ajudar a encontrar a Cuca. Achado o safado, o segundo passo era falar com a danada da Cuca, pra ver se ela me dava o mapa pra casa da Dona Benta. Depois, tomando chazinho e comendo bolinhos de chuva com a velhusca, eu ia ter de esperar o fim do Sítio pra trocar de cenário sem me perder. Trocado o cenário, o negócio agora era achar a saída daquele treco, afinal, achar a saída de um Sítio que fica no meio do NADA ia ser complicado (fugir do Sítio? Não era uma nave? ué...). Achei a saída, foi coisa de louco, foi impressionante (por quê?). Adivinha quem me esperava no fim do túnel (O Chapolim Colorado? Não) Não é que era o danado do fulando do beltrano do lobisomem?! Me assustei de primeira, mas logo, logo descobri que ele é um cara de bem, apesar da assustadora aparência "canina". Ele foi me contando sobre os projetos de paz que ele vem desenvolvendo em conjunto com a ONU enquanto pagava a minha passagem de ônibus pra casa, porque eu pulei da porqueira daquela tijela voadora no meio do Piauí, e só eu sei do meu sofrimento com toda aquela poeira de sertão e uma rinite alérgica em combinação (Piauí tem sertão, né? vixe...). Depois de tamanha jornada e tantos perigos, cheguei em casa são e salvo, pra deitar a minha cabecinha no travesseiro e descansar minha beleza (não levem a sério).

Mas enfim, conheci o lobisomem. Isto meus caros, é a verdade, somente a verdade e nada além da verdade. E se dizem que o lobisomem anda atacando o pessoal das bandas de Arroio Grande? Tadinhos. Mal sabem que o Lobi é um cara legal, incapaz de machucar uma mosca (e olha que ele não gosta de moscas). Não é por nada, mas cá entre nós, se eu tivesse que apostar num responsável pelos ataques, eu colocaria todas a minhas fichas no King Kong, aquele macaco velho. Ele sim é mau.


Lucas L. em homenagem às viagens de Bianca S. e sua tchurma.

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