All-Stars, essas coisinhas que as pessoas vestem e vivem a mostrar e a usar tanto nas ondas de modinhas, tanto nas ondas da simpatia por tais roupas ou acessórios, são muito mais do que apenas roupinhas. Por incrível que pareça às vezes, esses tais acessoriozinhos têm muita história.
Um dos tênis mais comercializados pela gurizada em geral foram os All-Stars, lá pelas bandas de oitenta e noventa. Eram os pisantes mais pop da época. Todo mundo queria um, todo mundo tinha um. Hoje em dia o que me deixa bem desconjuntado das idéias é saber que existe um tal preconceito contra esse tipo de tênis. Dizem por aí as más línguas, que tais tênis são coisas dos tais emos, aquelas pessoas coloridas que andam por aí com seus cabelos caídos em franja à la cachorinhos yorkshire, por cima dos olhos. Dizem também, que é coisa de gente alternativa, se bem que muitas vezes nem sabem o que alternativo quer dizer. Tudo bem que ultimamente, ser emo é moda, ser alternativo é moda, e quem sabe o All-Star seja modinha também, mas eu, que não me considero nem um dos alternativos, muito menos um daqueles coloridos (os emos, não os hippies), acabei que adquirir um desses pisantes sofredores de tanto preconceito, tanta besteira. E olha que eles até que são bem bonitinhos, begezinhos, razoavelmente confortáveis.
Aproveitando que eu falei nos hippies, acabei de lembrar que eles são um retrato sessentista dessa alternatividade toda, carinhosa e genericamente apelidada de emo. Veja bem: são movidos por música, são carinhosos, pregam o amor, e são coloridos! Tudo bem que todas essas essas semelhanças são amparadas por diferenças. Como assim? Já explico.
Começando pela música: a música dos hippies era dos princípios do rock'n roll, regado a muito LSD, uma pitadinha de maconha, haxixe, toda aquela coisa especial e um pouquinho de uísque pra dar um barato combinado com AQUELE Lexotan. Os emos me parecem mais calmos no que tange às drogas, mas não são muito mais calmos na música. São regadinhos a um hardcore básico de assustar os tímpanos mal-acostumados.
Sobre o carinho? Bom, são todos bem carinhosos.
Sobre o amor? Essa é a coisa que pra mim difere bastante. Alguém aí já ouviu falar do festival de Woodstock? Foram três dias de pura música, drogas e AMOR LIVRE, contra a guerra no Vietnã, se não me engano. Aquela juventude era muito mais assanhada do que a de hoje em dia, que embora não admitam, vive na retranca, tanto por causa de preconceitos quanto por causa das inseguranças que a vida hoje em dia nos proporciona (se ninguém entender, eu to falando dos inoportunos microrganismozinhos que nos rodeiam e que nos atacam quando falta proteção).
Sobre as cores? Ah, toda aquela coisa colorida. Os hippies, apesar daquelas barbas, cabelos descuidados, aquelas mulheres peludas e tudo mais, admito que me chamam muito mais a atenção do que os almofadinhas alternativos. Tenho que me desculpar com quem gosta mais dos emos e alternativos em geral, mas eu acho sinceramente que toda aquela coisa louca e sem sentido chamada psicodelia, oriunda de um ou outro excesso de ácido lisérgico, que eu prefiro neste momento não comentar, me agrada muito mais do que o xadrez e os quadriculados.
Desculpem-me os hippies contemporâneos, os hippies antigos, e quem ler essa coisa, por certas opiniões já formadas por causa da minha criação, mas foi inevitável essa relação de gerações que se formou nos meus falhos pensamentos. Só pra concluir, eu gostaria de comentar que, me perdoem os de hoje em dia, os de antigamente eram muito mais. Eram mais chapados (que isso não seja coisa de se admirar), mas eram mais criativos, mais virtuosos, na minha opinião tinham mais propósitos, e eram muito mais COLORIDOS, bem mais bonitos (claro, excetuando a Janis Joplin, que caso não saibam, ganhou na faculdade o título de HOMEM mais feio do campus. De qualquer forma, ela compensava com AQUELA VOZ, e tenho dito).
Pra concluir de verdade, pra não perder o costume, aproveitando que eu falo de gerações, escolham a que quiserem, mas não esqueçam da minha geração. My Generation, por The Who (divino).
Lucas L.
Um dos tênis mais comercializados pela gurizada em geral foram os All-Stars, lá pelas bandas de oitenta e noventa. Eram os pisantes mais pop da época. Todo mundo queria um, todo mundo tinha um. Hoje em dia o que me deixa bem desconjuntado das idéias é saber que existe um tal preconceito contra esse tipo de tênis. Dizem por aí as más línguas, que tais tênis são coisas dos tais emos, aquelas pessoas coloridas que andam por aí com seus cabelos caídos em franja à la cachorinhos yorkshire, por cima dos olhos. Dizem também, que é coisa de gente alternativa, se bem que muitas vezes nem sabem o que alternativo quer dizer. Tudo bem que ultimamente, ser emo é moda, ser alternativo é moda, e quem sabe o All-Star seja modinha também, mas eu, que não me considero nem um dos alternativos, muito menos um daqueles coloridos (os emos, não os hippies), acabei que adquirir um desses pisantes sofredores de tanto preconceito, tanta besteira. E olha que eles até que são bem bonitinhos, begezinhos, razoavelmente confortáveis.
Aproveitando que eu falei nos hippies, acabei de lembrar que eles são um retrato sessentista dessa alternatividade toda, carinhosa e genericamente apelidada de emo. Veja bem: são movidos por música, são carinhosos, pregam o amor, e são coloridos! Tudo bem que todas essas essas semelhanças são amparadas por diferenças. Como assim? Já explico.
Começando pela música: a música dos hippies era dos princípios do rock'n roll, regado a muito LSD, uma pitadinha de maconha, haxixe, toda aquela coisa especial e um pouquinho de uísque pra dar um barato combinado com AQUELE Lexotan. Os emos me parecem mais calmos no que tange às drogas, mas não são muito mais calmos na música. São regadinhos a um hardcore básico de assustar os tímpanos mal-acostumados.
Sobre o carinho? Bom, são todos bem carinhosos.
Sobre o amor? Essa é a coisa que pra mim difere bastante. Alguém aí já ouviu falar do festival de Woodstock? Foram três dias de pura música, drogas e AMOR LIVRE, contra a guerra no Vietnã, se não me engano. Aquela juventude era muito mais assanhada do que a de hoje em dia, que embora não admitam, vive na retranca, tanto por causa de preconceitos quanto por causa das inseguranças que a vida hoje em dia nos proporciona (se ninguém entender, eu to falando dos inoportunos microrganismozinhos que nos rodeiam e que nos atacam quando falta proteção).
Sobre as cores? Ah, toda aquela coisa colorida. Os hippies, apesar daquelas barbas, cabelos descuidados, aquelas mulheres peludas e tudo mais, admito que me chamam muito mais a atenção do que os almofadinhas alternativos. Tenho que me desculpar com quem gosta mais dos emos e alternativos em geral, mas eu acho sinceramente que toda aquela coisa louca e sem sentido chamada psicodelia, oriunda de um ou outro excesso de ácido lisérgico, que eu prefiro neste momento não comentar, me agrada muito mais do que o xadrez e os quadriculados.
Desculpem-me os hippies contemporâneos, os hippies antigos, e quem ler essa coisa, por certas opiniões já formadas por causa da minha criação, mas foi inevitável essa relação de gerações que se formou nos meus falhos pensamentos. Só pra concluir, eu gostaria de comentar que, me perdoem os de hoje em dia, os de antigamente eram muito mais. Eram mais chapados (que isso não seja coisa de se admirar), mas eram mais criativos, mais virtuosos, na minha opinião tinham mais propósitos, e eram muito mais COLORIDOS, bem mais bonitos (claro, excetuando a Janis Joplin, que caso não saibam, ganhou na faculdade o título de HOMEM mais feio do campus. De qualquer forma, ela compensava com AQUELA VOZ, e tenho dito).
Pra concluir de verdade, pra não perder o costume, aproveitando que eu falo de gerações, escolham a que quiserem, mas não esqueçam da minha geração. My Generation, por The Who (divino).
Lucas L.
1 comentários:
em pensar que tudo isso começou com uma simples compra de um all star!!!
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