29 de abril de 2008

Sleeper.

Eles sentiam a falta dele, passou-se o tempo e notaram a diferença, ele realmente fazia falta.
Alguns largaram de mão, decidiram tentar esquecer aquilo, foram embora sem virar as costas, sem serem fracos.
A maioria ficou ali, buscando uma solução, até que concordaram em tentar encontrá-lo.

Com muita esperança e medo ao mesmo tempo, eles sentiram que estavam perto daquilo que queriam.
Sentiam algo bom, tudo estava fazendo sentido... Estavam cada vez mais próximos dele.
O objeto que procuravam não era algo qualquer.

Acabou a procura, não acharam nada.
Nada de valioso, aquilo que não queriam encontraram.
Acharam o que restou dele, já estava enferrujado e muito usado.

Todos correram, era uma maldição. Cada um deveria se salvar, se alguém ficar no caminho azar de quem ficou.
Para consertá-lo seria um grande sacrifício, é melhor achar outra coisa.
- Sim, vamos achar outra coisa - pensaram.

Passou muito tempo, ele nunca mais foi lembrado
Decidiu dormir, já não prestava mesmo e não tinha o que fazer.
Dormiu.


Sem autor.

17 de abril de 2008

SOU PERFEITO

Se eu sou perfeito, ninguém está acima do perfeito ou ninguém é mais-que-perfeito para discordar. Então aceite, sou perfeito.

Acho que quase todo mundo idolatra alguma pessoa ao menos, muitas vezes essa pessoa é famosa e faz alguma coisa (existem vários famosos vagabundos), parece ter uma vida perfeita, ou superou grandes dificuldades, anyway... Querem se espelhar naquilo tudo. Ficam cegos, vêem ali tudo de bom, tudo o que devem fazer e não veêm as cagadas que seus ídolos fazem/fizeram, não vêem que eles só não são mais toscos que você porquê você quer ser eles.

Hmm... Então esse é mais um texto daqueles de "valorize-se a si mesmo"? Não, eu sou uma péssima pessoa para isso, eu acho que se não nos valorizamos é porque tem algo errado e se nos valorizamos em excesso somos retardados.

É simples, somos manípulados de forma que ficamos achando que coisas ridículas que aconteceram na história (antiga e recente) foram perfeitas, daquele jeito em que se você estivesse lá era assim que você queria que fosse, do tipo de coisa que só acontece em sonho... Olhem à sua volta e verão os exemplos.

As coisas não são como queremos, nunca serão e nunca foram. Não se preocupe se você não faz ou não é nem metade do que os outros DIZEM ou PARECEM ser (isso foi auto-ajuda). Se tudo que acontece acaba sendo elevado ao nível da perfeição, eu também estou lá. Sou perfeito. Alguém vai discordar?


O. Vinhas

15 de abril de 2008

Tirando teias.

Pois estou aqui novamente pra fazer o que o próprio título do post sugere. Sim, estou aqui tirando teias, aproveitando que estou de folga, pelo menos hoje pela tarde, pra ver se engreno de uma vez.

Meu dia foi certamente recheado hoje. Sem muitos comentários gerais de menos e pessoais demais, vou direto a um ponto que realmente me chamou a atenção hoje. Estava eu indo para o colégio, frio de rachar, eu com dois casacos e batendo dentes dentro do carro, e uma música realmente me tocou. Panis et Circenses. Eu não sei quem estava tocando até porque ao procurar essa música há poucos minutos na internet achei diversas versões com inúmeros intérpretes. Já volto. Deu. Enfim, acredito que fossem Os Mutantes. Me engano. Acabei de descobrir que era uma banda chamada Boca Livre. Muito boa a música, linda a melodia, mas o que me chamou mesmo a atenção foi a letra. Ah sim, a letra, envolvente como os sons do vento, aquelas palavras divinas. Depois desse momento de profunda emoção, aí vai o pedacinho da letra que me inspirou a escrever isso aqui tudo.

"Mas as pessoas na sala de jantar,
são as pessoas da sala de jantar,
tão preocupadas em nascer, e morrer."

Foi isso realmente que me fez pensar se eu não sou uma dessas "pessoas na sala de jantar", e sabe que eu acho que não sou? Pensem em vocês, vocês são? O que eu proponho aqui, como em todos os posts eu tenho tentado fazer, é uma reflexão. Ler por ler não tem valor.

E então eu fico pensando, acho que não sou uma pessoa dessas, preocupadas em nascer e morrer, pois eu costumo refletir sobre as coisas acontecem na minha vida. Normalmente eu não gosto nem de tentar mudar as pessoas, mas essa música e acontecimentos recentes, tanta gente com uns ou outros problemas, pessoas sem problemas que conversam comigo, me fazem refletir. E pelo menos de algumas delas, eu sinto falta de reflexão. Tão mais fácil seria a vida se cada um pensasse no que faz diariamente, se refletisse sobre a importância que as coisas que aconteceram tiveram pra si, e que importância podem ter tido para os outros. E eu afirmo, seremos pessoas mais felizes e mais confiantes na vida quando refletirmos sobre tudo o que nos acontece, e sem aquela toda força do impulso, pensarmos com calma sobre como resolver os empecilhos que se aparecem mais do que deveriam.

Parece idiota, não? Parece, e realmente é, às vezes. Ficar pensando naquelas conversas bestas que se teve com os amigos no colégio, ou na rua, se tu não tens amigos no colégio, ou em qualquer lado, se tu não tens mais aulas ou amigos. O que é importante e interessante nisso é que pode-se conhecer melhor a si mesmo e aos outros, com essas reflexões besto-analíticas, só prestando atenção às ações e palavras, tanto nossas quanto dos que nos rodeiam. Legal, né?

É, acho que é isso. Quer dizer, não pensem de mim que vivo pra analisar as pessoas que convivem comigo, não tenham medo das minhas reflexões, por favor. Só que pensar um pouco é sempre bom, e essa coisinha aqui foi só uma proposta de reflexão mesmo, pra tirar as teias, eu acho. Ah! E claro, pra variar um pouco aquele costume de deixar coisas no final dos posts, dessa vez eu deixo a música que me inspirou, numa versãozinha ao vivo, muy buena. Boca Livre - Panis Et Circenses.

Lucas L.

4 de abril de 2008

Saudades...

Agora sou um garoto ocupado.
Tenho pouco tempo livre, e o tempo livre que tenho é precioso.
E quase sempre, quando tenho tempo livre, acabo ocupando-o com problemas a respeito das minhas ocupações.
Ontem pela madrugada, quando arrecem tinha me desocupado de um trabalho, o Lopes abre um chat comigo. Também muito ocupado com seus trabalhos e afazeres, começamos uma conversa que não tinhamos a meses. A anos ouso dizer. Falamos sobre nada-em-empecial. E não sabia, que sentia falta da época em que quando conversávamos, falávamos sobre nada em especial. A época da 8ª série que aspirávamos uma banda de sucesso. A época em que o Cefet era só uma pequena vontade minha de permanecer com meus amigos. Época em que inflação e salário mínimo de nada me importavam.
Como sinto falta daqueles tempos, daqueles dias... Daquelas manhãs e tardes em que ficávamos conversando sobre nada-em-especial.
Hoje, fui no Érico Veríssimo (na verdade, estou postando daqui). Esse lugar que tanto detestamos, mas que marcou a nossa amizade, como habitat das nossas relações. Joguei basquete e vi alguns antigos colegas. Mas encontrei um velho amigo, o qual a poucos dias não nos viamos, mas a muito tempo não interagiamos como hoje. Um 1 x 1, assistido por todo o ginásio. Um jogo em que a bola não entrava, e a criançada da platéia vibrava junto. Finjindo não estar acompanhando, nem ao menos importando-se, mas nem perceberam que seus cachorros-quentes haviam terminado e nem sentiram o seu gosto. Senti falta da época em que íamos todos os dias das férias para o colégio jogar. Em que convidávamos meio mundo, mas somente quem ia era eu e o Otávio.
Como sinto saudades daquela época.
Como sinto saudades daquelas épocas.
Queria tanto voltar no tempo, para aproveitar melhor aqueles tempos, em que éramos felizes e nem sabíamos.
Espero que isso sirva de lição para mim. Mesmo sabendo que não servirá.
Pedro Laguna...

Ano novo tá chegando...